Amy Lee : Deus, amor e rock’n’roll...

Há 4 dias do primeiro show do Evanescence no Marrocos, a Amy concedeu uma entrevista ao jornal local Telquel e fala sobre a expectativa do show no país, possível carreira solo, dificuldades no começo da carreira e até mesmo sobre Deus. Confiram a tradução completa abaixo:

 

Você desapareceu por quase cinco anos, logo após o sucesso de seu segundo álbum, The Open Door. Por quê?

Após o lançamento do The Open Door, que teve uma turnê de um ano e meio, foi muito estressante, e eu senti a necessidade urgente de parar. Na época eu não sabia se queria isso por alguns meses ou para sempre. Havia muita pressão em torno de nós, e eu senti uma perseguição a minha privacidade. Eu me casei logo após a turnê, e então eu preferi colocar minha carreira em stand-by e analisar as coisas mais claramente.

Você continuou a compor músicas durante este período ou você parou completamente?

Eu tive que passar um longo tempo afastada de composições para então poder retornar. Eu precisava de algum tempo para mim e então eu prefeti deixar tudo completamente de lado. Mas logo senti a necessidade de se reconectar à música, e também à falta de contato com nossos fãs. Eu nunca experimentei nada mais extraordinário do que a experiência de estar no palco, em comunhão com o nosso público.

Evanescence, o seu mais recente álbum (lançado no final de 2011), é diferente de seus dois álbuns anteriores. Você não temeu que seus fãs ficassem confusos à primeira vista?

Honestamente? Não realmente. Eu sabia que eles iriam desfrutar, porque o nosso universo não mudou muito, embora haja novos sons. Além disso se os artistas, necessariamente, evoluem com o tempo o público também acaba evoluindo. Isso é normal. Ninguém pode fazer a mesma coisa por vários anos.

Seu retorno está indo muito bem até agora. Você ficou preocupada com um possível fracasso?

Você nunca sabe o que esperar quando você volta à indústria da música após anos de ausência, ainda mais quando você não é atualmente o "*mainstream" da música. Mas até agora tudo está perfeito! O álbum é um hit nos EUA e no Reino Unido e a turnê, que começou no final de outubro de 2011, é um verdadeiro sucesso.

Se você tivesse que descrever sua música em uma palavra, qual você escolheria?

Pergunta difícil! Eu diria simplesmente: Evanescence. Nós tínhamos uma lista enorme de nomes para o álbum, mas nenhuma realmente se encaixou. Este é um disco que foi exigido uma produção muito grande, a sua realização foi épica ... Então eu acho que o título se encaixa muito bem nele. Demorou vários anos de trabalho. Além disso, eu ainda não entendo como alguns artistas são capazes de produzir um álbum dentro de semanas. isso é além de mim!

É difícil ser uma mulher no rock/metal norte-americano?

Ah, sim, especialmente no início ... Algumas bandas e pessoas do entretenimento estavam convencidos de que eu não fazia as composições de nossas músicas. Eles pensavam que a nossa música era muito agressiva e obscura demais para ser escrita por uma mulher. Eles imaginavam que os membros da banda eram o grupo principal e que eles haviam me escolhido só porque eu tinha uma voz bonira (risos).

E essa ideia foi modificada?

Graças a Deus, sim. Ao longo dos anos e com o sucesso dos nossos álbuns, consegui impor-me, e eu sei que ganhei o respeito e a admiração não apenas no cenário do metal-rock americano, mas também internacionalmente. No entanto, isso realmente não foi fácil, acreditem!

Você ainda fica incomodada com os rumores que dizem que o Evanescence é uma banda de rock cristão que não se assume por medo de assustar muito do seu público?



Deus tem um lugar importante na minha vida, e sem ele eu sei que não teria superado muitas dificuldades. Mas a nossa música é universal e não fala sobre religião. É simplesmente humana e com toques de fãs do mundo inteiro; de todas as crenças e todas as origens

Este boato sempre me fez rir, especialmente o de que sou a única cristã verdadeira no grupo (risos). Pessoalmente, eu não vou esconder, Deus tem um lugar importante na minha vida, e sem ele eu sei que não teria superado muitas dificuldades. Mas a nossa música é universal e não fala sobre religião. É simplesmente humana e com toques de fãs do mundo inteiro; de todas as crenças e todas as origens.

Várias vezes a mídia americana anunciou que você estava prestes a embarcar em uma carreira solo. Você confirma?

Isto não é notícia em tudo. Embora seja verdade que nos últimos anos eu compus canções que eu quero compartilhar com o público. Eu só não fiz isso ainda porque elas não se encaixam no estilo musical do grupo atualmente, e, porque agora estou completamente envolvida com o Evanescence... No entando não é improvável que um dia eu lance um álbum com todas essas composições.

Você sabia que você já era popular no Marrocos antes mesmo do Mawazine Festival convidar você a participar da edição de 2012?

Nos últimos anos eu tinha realmente notado que tínhamos fãs no seu país, mas eu não tinha ideia de que eles eram tão numerosos, e o mais importante, eu nunca imaginei que um dia iria tocar no Marrocos. Estou entusiasmada com a ideia deste show, eu converso com todos os meus parentes sobre essa viagem ... Eu não sei muito sobre o Marrocos, só sei que vocês têm uma cultura muito interessante, e estou ansioso para conhecer os nossos fãs marroquinos!

Você pretende fazer um show "especial" para a ocasião?

Uma vez que esta é a primeira vez que vamos nos apresentar no Marrocos, não apenas iremos tocar as músicas do novo álbum. O público tem direito a todos os nossos maiores sucessos, ainda que alguns tenham deixado de fazer parte da nossa atual turnê, porque são muito antigos. Mas não se preocupe, tocaremos "Bring Me To Life" e "My Immortal"...

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